sábado, 20 de agosto de 2011

Toc Toc Toc...


Traçava destinos alheios, e ensaiva longas conversas no espelho. Olhava constantemente prum lado e pro outro. já tava cansado daquele lugar, escuro e meio úmido, por mais que isso parecesse um clichê de lugar ruim. eu já não achava aquilo estranho ou anormal. Olheis pros lados então de novo, minha visão periferica denunciava vultos que me causavam espasmos no pescoço, e isso, eu já não conseguia mais controlar.
Fui tomado por uma incontrolável vontade de gritar, que foi controlada pela minha incontrolável vergonha, corri pro banheiro e tranquei a porta, era só eu e as luzes vermelhas, lavei a mão. Quando eu saí, fui tentado a procurar algum rosto conhecido, sempre havia algum por perto, e fazer amizades era fácil pra mim, o difícil é mantê-las. Ta, eu admito que sou um cara chato, e que caras chatos não estão em extinção, mas porque será que o cara chato sempre acaba sozinho?
Meus transtornos estavam ficando mais obsessivos do que compulsivos, perdia o controle parcial que eu nunca tive, sobre eles até chegar num ponto e que todos me dominavam. eu era o Homem toc. Regido pelas suas manias e atitudes inconscientes. tá. eu sei. Eu sou muito chato, E o chato?...