terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O Banho.

Em oração eu lavo as mãos, é com elas que irei purificar o que restou de mim, e é com elas que reconstruirei meus pedaços que ao longo do dia foram se erodindo; 
Massageio os cabelos, que são a primeira coisa que respondem aos ventos; Cabeça de Vento, que teima em não ficar no chão, e Como voa.
Cerro os olhos, e me privo da visão; lavo meus olhos das coisas ruins que vi durante o dia, gravando na memória as coisas boas que fiz.
Encerro meu olfato, lavo meu nariz, que equilibra minha vida, Parte automática que teima em parar quando estou ansioso, que acelera quando estou nervoso, e que se acalma quando a mente descansa.
Calo minha boca, da qual saem tantas palavras chulas, mas que sabe confortar com afago inconsciente à quem precisa. Lavo meus dentes, Embaixadores do meu sorriso.
Lavo meu rosto, Lavo o Eu, Lavo a maquina da expressão, lavo o tradutor do coração.
Passo em meus ombros, Agua que remove a poeira, que despido do mundo que o pesa, teima em arquear.
Ao Torso Me contorço, e lavo sem esforço o guarda costas. tenho que ser capaz de tocar cada Centímetro do meu corpo, em ordem de me limpar por inteiro.
Ao peito em excêntrico, espalho coisas que não podem ser ditas pela boca, mas sim pelos braços
e os Braços me lavo em abraço, e escorro meu caldo à periferia, para de novo botar em mãos que jogam fora qualquer agonia.
Em triângulo, Minha base, Minhas pernas, o sustento, descansam o tormento do meu peso lazarento e dos pés removo a terra; arranco a raiz do ego.

Para terminar me levo ao espelho, me fragmento em analise para me entregar à morpheu, deito ao leito vazio do rio do sono; pra esperar a maré do sono me encher. 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Eu acredito em Magia.

Eu acredito em magia...
Acredito sim, não vou mentir que até hoje, depois de quase 26 anos de uma vida Sortuda por falta de palavra melhor, eu me pego tentando mover as coisas com a força do pensamento... mas além dessa magia de "cinema" além de Super-poderes (que seriam Fantásticos se existissem) Eu acredito na magia que está em cada um de nós, e no final das contas é exatamente essa a moral das histórias de Magia...
E eu sim estou escrevendo isso porque eu acabei de assistir a saga do Harry Potter de novo, e porque nos leva à reflexões sempre.
Sabe aquela capacidade estranha do Universo te juntar com pessoas parecidas com você?
Sabe Aquela sensação de que você nasceu sortudo e que tudo eventualmente vai dar certo na sua vida? Aquela sensação de que tudo vem na hora certa pra você; E saber enxergar a saída de momentos escuros é só uma questão de tempo?
Sabe Aquela alegria de sentir um raio de sol tocar sua face num dia frio de inverno?
Sabe Aquele momento na alvorada em que só se pode sentir uma brisa fria e ouvir os pássaros nas arvores, mesmo que sua rua só tenha Uma Arvore?
Sabe aquela sensação de plenitude após alguém ter te presenteado com uma simples Boa Ação?
A Magia está nas coisas mais sutis, nos menores acontecimentos, escondidas pra serem percebidas por aqueles que acreditam nela e conseguem ver em cada momento pequeno, um livro de entrelinhas à serem lidas. As entrelinhas são o Livro Magico, onde todos os feitiços podem ser decifrados.
Acreditar em Magia é Acreditar em nós mesmos e na capacidade Inerente de cada ser humano de fazer as escolhas certas, e se não souber fazer as escolhas certas, pelo menos não fazer nenhuma.
Acreditar em Magia é saber quem você é, onde você quer chegar, e saber que Existe o lado escuro, existem energias que não conseguimos entender, que nos amedrontam, mas se você acredita em Magia, isso nunca vai te tocar, isso nunca vai te consumir, pelo menos não por inteiro.
"What a Wonderful Place to be: With Friends" .

segunda-feira, 14 de março de 2016

Desabafo.

Eu sempre acreditei la no fundo da minha insegurança que um dia eu seria especial, e isso nem sempre aflorou em mim, raramente acontece deu me sentir capaz de ser especial; É engraçado dizer isso, porque admito, eu caí no vicio; assim como muitos hoje, eu dentro da minha insegurança, tento me vender, tento vender a ideia de que eu sou desejável, que eu sou um bom partido, que eu talvez seja uma pessoa boa de ser ter por perto, quem é que não quer ser desejado? São virtudes projetadas diretamente da minha insegurança, eu faço aquilo o que gostaria que fizessem pra mim, e espero demais.

A culpa disso é somente minha, eu assisti à muitos filmes de princesa, eu li muitos romances, eu vi muitos filmes preto&branco e aprendi como reflexo que amar é a soberana das necessidades humanas, assimilei isso como verdade, se tornou medular, aquele tipo de conhecimento que você não sabe da onde veio, só sabe que sabe fazer aquilo, e fazer direito.

Bom, ninguém sabe se vai fazer direito isso né?! Amar, o lance é que, quando você desliga esse anseio de amar, quando você por fim de tantos fracassos, abre mão da necessidade de se encontrar com outra pessoa, é aí que você está fazendo isso direito… é exatamente quando o Amor acontece, e foi exatamente o que aconteceu comigo.

Eu que sempre achei que soubesse fazer tudo direito e nunca fiz… me vi te amando; Eu que nunca amei ninguém, porquê nada do que eu ja tive até então com ninguém chegou nem perto da profundidade assustadora do que eu sinto por você, eu que Nunca amei, me peguei amando por amar, sem esforço, sem abrir mão, sem mecanizar algo que alguém esperava de mim, e sim simplesmente me entregando por completo, como se la no fundo eu soubesse que agora sim, tinha chegado a minha vez de ser o príncipe encantado, agora sim tinha chegado a minha vez de ser o protagonista do livro de romance, que agora sim eu iria colocar as cores no filme da sua vida.

Não sou muito crédulo em religiões, mas uma vez ouvi dizer que em alguma delas, o conceito de alma gêmea existe, e não pude deixar de lembrar exatamente disso quando a sua alma sem querer deu a mão pra minha e simplesmente me ensinou à andar.

Eu ja fui uma pessoa de muitos livros, me gabava de saber ler de mais, parei de me gabar disso quando aprendi ler as entrelinhas das pessoas, um mundo tão misterioso, curioso e profundo que é assustador, realmente assustador,

É assustador demais ler as suas entrelinhas e ver que você sabe qual é o caminho, mas por medo de que ele seja escuro demais não segue em frente, mesmo de mãos dadas com alguém que quer ser uma lanterna na sua escuridão. É assustador saber que você é inteligente o suficiente pra entender que um sentimento desses não brota do nada, você foi habilidoso em plantar e cultivar ele em mim, não é culpa só minha eu te amar.

Não é culpa só minha eu te amar, mas é culpa só sua eu deixar de te amar, me deixa te amar, antes que esse amor morra ou me mate junto!.






segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Vale.

eu ando com medo de te encontrar…
não rastreio teus passos, não escondo meus medos.
sei que fui eu quem clamou o fim, e sei que é meu o fardo de te libertar de mim.
no entanto me pego lendo a mesma pagina do livro da vida varias vezes, 
me pego ansioso e insone na madrugada à esperar o sol nascer
com medo de me entregar novamente aos remédios
com medo de depender de novo, seja de você, seja de outra pessoa, seja de outra cartela
minha cabeça está despedaçada, e eu gostaria de ter uma voz potente pra poder gritar
expurgar todo ódio, raiva, tristeza, amargura e rancor que meu peito teima em magnetizar
mas eu sou de pedra, denso e duro; nada sai da minha boca, nem o sorriso que habitava ali
nada escorre pelos meus olhos vermelhos, que cansados, teimam em fechar em momentos inoportunos
acordo já cansado, pesado e escuro; meus olhos vazios teimam em travar enquanto minha mente vagueia por memórias que nem existem
não, não é falta de interesse no que os outros dizem ou estão fazendo, é só que meus “problemas” são a causa do meu deficit de atenção
é como gravidade, inexplicável mas poderosa, e ainda não entendo a gravidade de sentir isso.
não tenho como mensurar o estrago que cresce e necrosa meu peito, consumindo lentamente o que restou
de onde tinha-se um coração, agora resta um buraco negro, tão grande quanto você um dia foi
e tão poderoso que aos poucos engole o que restou de mim, e joga pra escuridão.
de uma forma desfigurada, desmaterializada; eu só sinto dor e frio,
até me peguei recentemente imaginando cenas que incluem minha auto morte.
estou desfigurado, me escondo atrás de mascaras que fazem meu dia-a-dia suportavel,
no entanto o pior lugar do mundo é o chuveiro, onde despido eu sou forçado á me olhar no espelho,
ja parei de contar quantos espelhos eu esmurrei com raiva de mim mesmo, ou quantos pontos já levei por isso
já parei de conta quantas noites eu varei, quantas garrafas eu esvaziei, quantos gritos eu já sufoquei.
a verdade é que eu estou parado no tempo há muito tempo.
tento me sufocar com meu travesseiro sabendo que meu corpo em reflexo
vai me obrigar à respirar de novo em alguns segundos. 
e me obrigar a oxigenar meu cérebro.
andar nessa campina se equipara com o vale mais sombrio.
e a qualquer esquina te ver de novo é como um infarto.
por isso evito sair do meu quarto. e sinto a dor do parto

de ter de deixado partir.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

domingo, 27 de abril de 2014

Carta Ao Meu Pai - 19 de Março de 2014.

Carta ao Meu pai

…Porque?
Não tem muita resposta né? cabe a mim procurar a mais sensata pra me confortar com a verdade “menos pior possível” ?, de certo que você teve seus motivos, e imagino que pelo que você representa pra mim sejam muitos. Imagino também que devia estar difícil pra você se aguentar, eu por vezes achei quase insuportável! mas sempre achava um folego de paciência pra me lembrar que te amava, e de vez em quando até te dizer isso.
Olhando por alto não imagino motivos palpáveis ou concretos pra você ter feito o que fez, mas quando lembro do seu olhar muitas vezes distante e navegante em águas tão desconhecidas, posso imaginar quão profundo era seu sofrimento, e sei que você não era imbecil de saber o que estava deixando para trás; deve ter sido difícil pra caralho abrir mão de tudo que você conquistou até então, para até que enfim ter um pouco de paz, e quem sabe alguma felicidade.
Deve ter sido muito difícil abrir mão de uma esposa e companheira fiél de 37 anos de casamento, que te suportou nos seus altos e baixos, e muitos baixos; Deve ter sido Foda, abrir ,mão de uma filha bem-sucedida bem casada e linda; Deve ter sido quase impossível abrir mão do seu neto de 3 anos tão feliz em te ver, e do que estava na barriga da mãe pra nascer faltando 1 semana, deve ter sido barra não ter tido a curiosidade de esperar para ver a cara dele; Deve ter sido inimaginável pra você ter que abrir mão de um filho que por mais que não fosse perfeito, foi bem criado e respeitoso, e que por todos os defeitos que tivesse, julgo eu não merecedor de não ser capaz de te mostrar em vida minhas conquistas que sei, não serão pequenas!
Você é e sempre será me pai, e cabe a mim tentar entender as coisas que você me ensinou, tanto em vida quanto em morte, sempre será meu exemplo de retitude, e de moral, e saiba que vai deixar uma saudade imensa da sua voz grave e imperativa, até do seu temperamento bi-polar e da sua tosse quase que agoniante; Meus olhos ainda se enchem de lagrima de um luto muito inesperado, mas que hoje sei, que apesar de “impossível” imaginar razões, você teve as suas. e eu sei que foi difícil, porque como você me disse uma vez

- Se está sendo difícil pra mim, imagino que pra você deve estar sendo muito pior, Conte comigo pro que precisar.

Guilherme Nery.

domingo, 20 de outubro de 2013

                Há dias que você vê tudo desmoronando ao seu redor, tudo cinza, sem gosto mas exalando um cheiro putrefato que faz você ficar acordado á noite olhando para o teto, vendo algumas luzes de faróis dos carros na rua dançando pra frente e pra traz pelos pequenos buracos na sua janela, enquanto uma brisa quente sopra pra dentro, carregando consigo ares poluídos e pesados, que só aumentam a sua agonia de querer dormir, pra que tudo isso possa ter uma pausa, e essa pausa é o que te mantém são, é o que te mantém de desistir de tudo, jogar tudo pro alto, fazer barulho, vomitar para fora do seu organismo tudo aquilo que te faz mal, que te faz cinza e silencio.
                há dias que você acorda, deseja já estar dormindo de novo, sair da cama pra quê? você já não enxerga motivos pra se expor ao ridículo de sair na rua, levar tapa na cara, ser assaltado, cuspido e quando você se pega, caminhando olhando pra frente, sem desviar o olhar, em direção á uma rua qualquer, que vai te levar para um lugar qualquer, que ainda sim não vai ser bom o suficiente, não vai ser o que você precisa, Tendo a certeza de que você está nesse loop eterno de cansaço, até seu pé começar a doer, e depois seu joelho começar a doer, assim logo sua perna fica pesada de mais pra continuar, o que te obriga a parar num banco de uma praça qualquer, e só observar as outras pessoas caminhando.
                Observar as outras pessoas caminhando, seguindo suas vidas e por mais que odeie intromissões, se perguntando como seria a vida delas, como será que aquela mulher carregando uma sacola da Riachuelo se sente quando chega em casa, como ela é feliz com o marido dela? o que ela pensa quando repousa a cabeça no travesseiro e olha pra cima vendo de novo aquelas luzes dançando no teto? Você só olha, só olha porque está cansado de pensar, sua mente já passou da fase "cinza" e agora tudo é um vazio alvo, grisalho e cansado. E você que está sempre de headphones no volume 8, não no 10, porque você ainda quer escutar um pouco do que se passa ao redor, tem medo de ser atropelado por uma ambulância ou qualquer outra coisa barulhenta que produza sirenes ou buzinas; Porque no fundo, você sabe que tem que continuar ali pra ver o que vai acontecer em seguida. Se levanta e volta a caminhar, porque o tédio da vida alheia te esmaga.
                Você que está sempre de headphones, meio alheio ao mundo e imaginando porque seria tão difícil pessoas acreditarem que sua vida tem de verdade algo de fantástico, algo de incompreendido, algo de genial. Você se pergunta se algum dia irá encontrar alguém que compartilhe de algumas teorias loucas ou radicais que só você tem a ousadia de pensar, e talvez seja por fala-las que esteja tão sozinho e quase que abandonado. Você se pega de novo olhando pra frente, quase congelado, abre então uma cerveja que tem gosto amarelo e meio amargo o qual você já programou seu cérebro pra gostar e apreciar.
                Cansado você volta pra casa, sabendo que talvez nunca vá conseguir botar em praticar as coisas que aprendeu sobre contatos humanos, ou comportamentos sociais, você simplesmente não se encaixa. - E como. Você só quer ligar alguma musica calma, com acordes meio felizes, e meio tristes; daqueles que te fazem refletir e sempre que os escuta, reflete sobre a dialética de tais sentimentos e humores.           
                Quando você menos vê já é segunda feira, você tem que acordar cedo e ir bater ponto, responder chamada, ou qualquer compromisso periódico e cheio de pessoas que não te entendem. - Muito animador. Aí antes de sair de casa, você vai até sua penteadeira, descola do manequim uma das suas preferidas mascaras, "Sorriso de Segunda feira", "Falta de Sono de terça", "Satisfeito da quarta", "Neutro da quinta" e "Chega Logo fim-de-semana da sexta", e quando finalmente o final de semana chega na semana seguinte, você descansa as mascaras, Senta-se na sua poltrona confortável e se lembra que não dorme há alguns dias, Se lembra de olhar pro teto e ver as luzes dos faróis dançando, de repente tudo fica cinza, e você sente aquele odor fétido de novo, mas você está cansado de mais pra não dormir, aí mesmo sentado você "falha", desligamento de emergência, e você acorda desejando ter hibernado por alguns meses, sabendo que talvez ninguém tenha dado falta de você.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Eletric Ego

Boom,
  E de repente, pôde-se ouvir um incrível fade-out, a desaceleração da maquina chamada cidade, mesmo que vivendo um pouco distante dela, um silencio quase que absoluto pairava no ar quebrado apenas pelos carros que rasgavam a rua. Estes, estavam mais barulhentos que nunca, e o asfalto gemia de dor, uma dor surda, sem inicio, sem irradiação, sem melhora, só piora.
  Eis que o silencio dura apenas alguns segundos, Malditos Geradores de Energia! voltam com o burburinho, o lamento elétrico, a nuvem de poeira sonora que paira sobre a cidade, alteras nossas ondas cerebrais e confunde alguns sentidos, reflexos e instintos humanos, faz de nós zumbis elétricos, acostumados com corrente elétrica correndo em nossas veias como monstros Frankensteins, desacostumados com o sangue, com o lado humano tedioso e monótono de talvez ler um livro ou escrever algo que talvez só faça sentido pra quem o escreveu.
  De longe da pra se ouvir as fabricas desacelerando até encerrar as produções, um prejuízo enorme pros grandes tubarões que as controlam, e uma merecida folga pros operários que tem um breve momento pra respirar, mesmo que seja o ar contaminado que exala das suas mascaras de oxigênio pós-guerra. Bom, Energia é bastante cara por aqui, mais caro ainda é a falta dela, de um jeito ou de outro sempre estamos perdendo, vazando, deixando escapar pelos nossos dedos, a nossa humanidade e
simplicidade.
  Talvez se o silencio durasse mais do que o período dos geradores entrarem em funcionamento, alguns abraços surgiriam, talvez o medo do escuro aproximasse as famílias separadas com televisões em cada cômodo, computadores individuais protegidos por senhas enormes, e os egos elétricos que entram em desespero quando não se tem o que fazer,
  Sacamos dos bolsos equipamentos à pilha, videogames de bolso, lanternas, qualquer coisa que pareça uma "luz no fim do tunel" da escuridão gerada por um simples Blackout

domingo, 25 de novembro de 2012

Desabafo mudo.


Ah, existem coisas no meu coração que eu preciso bota para fora, Não! Não!; Não é pra abrir mais espaço sabe, é que o coração simplesmente não é lugar pra se guardar tais palavras, que digam-se de passagem, não são só palavras.
                Somos levados a crer e ter a sensação que a vida está prestes a começar, a qualquer momento, ou depois de conquistarmos "tal" objetivo ou simplesmente, "na segunda feira eu começo". Ah! se fosse tão simples assim! Cara!, acorda! a sua vida já começou, seu relógio há muito, já está correndo, e suas paginas que o vento e o tempo fazem questão de virar, há muito estão em brancas, esquecidas, assim, você pode até olhar pra traz e lembrar de um fato ou outro bom pelo qual viveu né?! É impossível não respingar tinta em papel imaculado.
                Mas sério!, quando você olha pra traz, o que vê? Eu quando olho pra frente vejo um grande clarão branco, que anseia ser sujo, escrito, rabiscado, desenhado, e até amassado e jogado fora um pouco. mas quando eu olho pra traz eu vejo a confusão que eu deixei pra traz, cabe a mim depois que passar a tempestade da chamada "juventude", arrumar os rabiscos, em ordem cronológica e até corrigir alguns erros, quem sabe botar alguns pingos nos Is. Mas não agora, agora eu estou mais preocupado em escrever, Viver.
                Também somos levados a acreditar que a vida é essa borboleta de asas frágeis, que a qualquer sopro mais forte do vento da vida, lhe quebrarão as asas,a impedindo de continuar em pleno vôo. em plena ascensão, em plena vida. ERRADO! a vida é o resultado do processo mais caótico e cruel conhecido, e até me permito a acreditar que também seja  o maior. Afinal deve ser mesmo muita coincidência, que todas essas coincidências ocorram coincidentemente para uma mesma finalidade não é?  Evolução!
                Seria interessante acreditar que temos que nos despir dos instintos humanos para nos tornarmos mais humanos? confortável talvez para aqueles que acham que podem controlar o Caos da vida, o Caos da evolução. Gosto de citar a frase de um filme que me abriu um pouco os olhos para as relações inter-pessoais: "introduza um pouco de anarquia, altera a ordem pré estabelecida, e tudo vira Caos". Somos criados a estarmos despreparados para eventos caóticos, e de fato nunca sabemos o que fazer quando esses ocorrem, correndo em círculos como nos desenhos animados.
                O único porém dessa situação toda, é que ninguém explicou desde o inicio o quão caóticas as emoções humanas são, o quão incontroláveis elas são, o quão real essas emoções são, e porque não dizer confusas?. De fato é o que promove essa ascensão rápida das angustias patológicas humanas, a falta do norte emocional, a impotência em controlar algo que nunca foi feito para ser controlado, e a simples falta de informação de que você, está sozinho desde o momento que nasce, até o momento que morre, só cabe a você não se importar tanto e aproveitar a companhia de quem aparecer na sua frente, enquanto você ainda tem essa oportunidade.
                Ainda sim, enfrentamos mais agravantes, pois parece que não é interessante para alguns poucos interessados e poderosos, que pessoas, desenvolvam capacidade de comunicação com outras pessoas, existem até teorias conspiracionais que afirmam que este, é um método de controle das massas mais eficiente do que a religião, porque não dependem de uma coisa estar certa, e sim de todas as outras coisas estarem erradas.
                Talvez estejamos vivendo num mundo em que esteja condenado à perda da capacidade de relacionamento de pessoas com pessoas, e reflexos disso já podem ser claramente vistos na sociedade que fazemos parte, o que nos traz até aqui, na frente de uma tela, não desenvolvendo a capacidade humana de falar, e sim usando dedos (todos, menos o polegar, aquele dedo que nos tornou diferentes de todos os outros animais; Repare!) Não desenvolvendo o ato exclusivamente humano de apertar as mãos (também envolve os famosos polegares opositores para um verdadeiro aperto de mãos), e tragicamente não desenvolvendo a habilidade ancestral e instintiva animal do contato físico, como o abraço por exemplo.
                Particularmente eu acho que a humanidade ainda não chegou num nível de desenvolvimento caótico (evolução), necessária para se comunicar exclusivamente via telepatia, mas tem muita gente por aí que realmente espera que pessoas entendam as outras, sem explicar ou sem desenvolver direito alguma linha de raciocínio, minimamente lógico, ou até audível ou legível. Talvez seja isso que gere a maioria dos conflitos inter-pessoais internacionais ou inter-qualquer coisa, estamos nos tornando mais e mais individualistas, indivíduos mundo, impenetráveis e incompreensíveis e porque não dizer, Indecifráveis. 

domingo, 7 de outubro de 2012

Narrador


Na literatura, Existem vários tipos de Narradores, o Narrador em primeira pessoa, que é aquele que conta a historia participando ou tendo participado da ação. O narrador em terceira pessoa, que é o que narra de fora uma historia. E até o narrador que já sabe de tudo, antes mesmo da historia acontecer. O narrador Onisciente.
Porem o que mais me fascina, na literatura é a existência do Narrador Onisciente Intruso; Como se não bastasse ele ser o “Dono da verdade” e saber de tudo antes mesmo de acontecer. Ele ainda dá palpites, exprime vontades e desejos, e o pior de tudo: Influencia no entendimento das personagens.
Gerar um filho, Hoje, em pleno século 21, é muito mais difícil do que antigamente [ e consideremos esse “antigamente” como TODA A HISTORIA DA HUMANIDADE]
Desde o nosso nascimento, nossa vida é narrada por um orador onisciente intruso, que nos influencia à ter, comprar,ver,acreditar,ser e o mais importante: NÃO VIVER!
A receita para o sucesso de uma mentira, todo mundo já conhece, é so repeti-la até que acreditem-na como verdade. E nos encarceram e nos cabrestam com o medo e a mentira de que a vida é frágil e que não devemos vivê-la.
A cada dia, passamos a creditar que a vida está ficando mais frágil, então temos que tratá-la à Pão-de-ló , cercada com grades desde o berçário, e Mais tarde morando atráz dos impenetráveis muros dos condomínios eletrificados, isolados, e solitários.
Negando a nós e à nossos filhos, o direito do livre arbítrio que Teoricamente nos foi dado. E também teoricamente é respeitado pelo nosso Narrador Onisciente Intruso.
Se esquece de que o processo evolutivo que resultou na vida como nós a conhecemos hoje foi. No mínimo, violento e brutal. Mas apesar de toda essa violência, extinção e evolução, Ainda somos a espécie mais adaptada, mais bem sucedida, então como dizer A MAIS FRÁGIL HAN?!
Poucas são as pessoas que buscam o conhecimento ao invés de Entretenimento. Poucas pessoas sabem abrir mão do Narrador Onisciente Intruso que guia suas vidas. E se admitir o Narrador primeiro. Narrador em primeira pessoa, aquele que vive, participa e conta a própria historia. Sem crer nas mentiras que nos são diariamente contadas para nos desencorajar e nos afastar do conhecimento à ser adiquirido.
E a esses narradores primeiros. Eu agradeço! Voces fazem o mundo um lugar melhor, mais supreendente e criativo.

Gosto de Sol.


O amarelo gosto de sol me diz que hoje vai ser bom,  vem! E me diz em aveludado tom , que hoje sou teu,
Não importa se ontem não fui, o que conta é o agora e o que flui, da nossa consciência momentânea de amor. E se por ventura não for, só teu ou tão meu ao amanhecer, olhe pra mim de novo, e me encante com seu jogo de amor.
 Transborda de ti uma radiante luz, que brilha e me seduz, ofusca no instante a duvida que eu tinha, e me tira toda a dor que vinha. De um passado meio embaçado e à bota na estante, para ali ficar esquecida e empoeirada.
Deixa rolar, agente sai por aí a rodar, Desliga o celular, e não importa se sua mãe ligar, ela tem que saber que comigo você, bem está e mal nenhum te acometerá, se você simplesmente pensar no bem, o bem virá.
Isso tudo é pra te mostrar, que juntinho é melhor e é impossível ser feliz sozinho, já dizia à cantar, mas é sozinho que se entende a dor de amor, e sozinho se dói.
Ninguém nasce aprendendo à amar, de nato só se é de fato um grande vazio à se encher, e se você se deixar perceber, e se você se deixar sofrer, e se você se deixar padecer, de amor então você se encher, e finalmente poder aprender. Amar de fato.
O amarelo gosto de sol me diz que hoje eu fui feliz, feliz e não sabia, não sabia que havia de ter sido feliz antes mesmo que soubesse o que era felicidade, e você , assim como o amarelo sol, veio me lembrar que felicidade não tem fim, tristeza sim. Se agente quiser.
Isso tudo é pra te mostrar, que juntinho é melhor e é impossível ser feliz sozinho, já dizia à cantar, mas é sozinho que se entende a dor de amor, e sozinho se dói 


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Renascimento Literal.

Olha pra traz meu amor, despede da vida que um dia foi tua; Despede do corpo despido de orgulho; Diga tchau para a historia; Diga tchau para aquela glória que um dia te fez sorrir!

Olha pra traz meu amor; O que você deixou pelo caminho? Será que construiu sozinho este castelo no qual você se apoia? Será que teu reino é soberano e forte? Será que é de grande porte? Suficiente pra aguentar  solidão? Ou será que a carne é fraca, e sua mente, farta, das pegadinhas da ilusão?

Olha pra baixo meu amor; Veja bem pequenininho, aquele menino sozinho que tu ensinastes a amar; Olha pra baixo meu amor, aquele que um dia fostes tu! Aquele que um dia prometeu respeito, mas que também está sujeito à errar.

Olha pra cima meu amor; Peça com cuidado, e não se dê por assustado se nada acontecer; Olha pra cima meu amor; Veja que tranquilo e sereno, este céu tão terreno que tu chamas de chão. Tu pisas nas nuvens, fazendo chover severo, esquece com esmero; que és amor, mero amor.

Olha pro lado meu amor; Vê quem está contigo! Quem você carrega consigo nesta justa decisão? Olha pro lado meu amor; Você consegue ver ao longe? Se consegue, me diga até onde?! Até onde terá de ir pra encontrar o caminho de volta? Se lembre que está sem escolta e que o perigo à sua volta é de sua decisão.

E por fim, Olha no espelho meu amor! O que te faz crescer? Essa barba que parece ter poder? Olha no espelho amor; Não tem porque se esconder, e não é por falar pouco que não há nada a se dizer. Todo momento de treva tem seu amanhecer. Todo caminho desconhecido te leva a conhecer o mundo, e todo mundo um dia vai morrer, depois de muitos caminhos desconhecidos percorrer.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O passarinho amarelo.


E um passarinho amarelo,
o mais carinhoso dos passarinhos amarelos, pousou.
No instante em que ele pousou, a senhora sábia o afagou, e ele num instante respondeu ao afago, ficou seu amigo, e companheiro.
A senhora o mantinha por perto, mas nunca o deixava voar pra muito longe,

Então chegou o menino;
que também ganhou a confiança do passarinho,
o passarinho respondia aos chamados do menino, e vise-versa
de repente, o menino se tornou confidente do passarinho que sussurrava cantos lindos que o menino transformava em música.

Mas infelizmente, como tudo que é feito pra ser livre e caótico.
o passarinho um dia viu uma revoada de outros passarinhos amarelos, livres, iguais, bonitos e brilhantes como raios de sol cortando as nuvens.
sentiu uma vontade súbita de se juntar a eles, ajuda-los a brilhar, e a iluminar o céu.
Contrariando as expectativas dos humanos de manter aquele raio de sol "pessoal" por perto sempre, o passarinho dessa vez voou pra mais longe, e mais longe.

voou pra longe, com a certeza de que da memória dos humanos ele nunca iria sair, um raio de sol impresso nos filmes das memórias alegres.

O ciclo da vida se fecha e se abre de maneiras incógnitas, e aquele passarinho amarelo, que ofusca, te deixa cego por um momento, até você acostumar com ele, e aproveitar o que ele tem de bom pra te oferecer, vai embora.

Infelizmente, muitas vezes, o passarinho amarelo voa antes dos nossos olhares se acostumarem com o seu brilho

sábado, 25 de agosto de 2012

Hoje eu acordei assustado,

Meu coração estava me dizendo tudo muito rápido, eu não consegui acompanhar seu raciocínio. Sim! ele raciocina, talvez seja isso que me torne tão vazio. Parei tudo que estava fazendo, tinha que dedicar atenção especial pro que ele estava me dizendo, e ele disse tanta coisa baixinho, que eu não consegui ouvir nada além de palavras-chave.
Minha cabeça não estava de acordo, ela estava me dizendo o contrario, o abstrato, o inimaginável. Nunca antes sentira isso, nunca antes eu tive tantos sentimentos confusos e indecisos vindos dos dois lugares ao mesmo tempo, cabeça e coração.
E meu corpo já estava pedindo arrego!, sentia fome mas não conseguia comer, sentia frio mas nada conseguia me aquecer, ouvia tudo ao redor como se fossem barulhos ocos e sem sentido, torpor!.

Frio! ... que frio é esse? que entra nos meus sapatos, passa pelas minhas meias grossas de algodão, e se instala entre meus dedos e ossos, cortando minha pele sem me fazer sangrar, sem me fazer chorar.

Mudanças, Reflexões, Anseios, Anseios e Anseios.

domingo, 10 de junho de 2012



Eu Aprendi

Eu aprendi a amar
eu aprendi a gostar da sua barba
eu aprendi a gostar do seu jeito
eu aprendi a gostar do seu sapato
do seu peito, do seu feito
aprendi a gostar do fato de te amar
do contato de te sentir, da falta que você faz

Aprendi a sentir coisas unicas
à sentir felicidade, e ve-la transbordar por mim
aprendi a ouvir e a calar mais ainda.
aproveitar o silencio que só é feliz conosco
dos filmes feitos exclusivamente para nós!

Aprendi a sentir falta mesmo estando presente
antecipar a ausência pra sentir saudade.
sua presença me faz calmo
faz o tempo distorcer e correr!
como eu gostaria de estar correndo
em algum lugar bonito, e só com você!

sua presença se faz tênue,
o carinho me faz sempre
o amor nem se fala e eu não tenho mais palavras
elas já são clichês; e não existe melhor clichê que o amor.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Peso do Vento.

Querida, Abaixa o vidro
Vem sentir o vento com tua mão nua
Faz dela sua asa
E liberta essa vontade de voar
Faz de mim teu porto.

Pousa em mim tua mão
Repousa em mim a sua cabeça
Prometo não te arrancar o coração
Só gentilmente rouba-lo pra mim com dedos leves
Até que o dia amanheça.

E que então anoiteça a vaidade.
Até que você adormeça ao meu lado
E acorde também, Tão Bom.

Te faço um café, e você me dá um sorriso
Então eu te dou todos os meus sorrisos
E você de novo ri disso
Ridículo, Ridiculamente bom.

Abaixa o vidro amor
Bota minha mão na tua e deixa o vento levar
Deixa o arrasto da liberdade bater forte
Deixa ser levado à sorte Deixa-se bater,
Deixa se perder.

Sentir o ar tão denso
Que quase se pode vê-lo rasgar
Senti-lo escorregar entre seus dedos
E saber, que é apenas ar
Mas é suficiente pra te tirar do chão.

Imagina o resto?
Estrelas te aguardam, é só voar.