terça-feira, 28 de agosto de 2012

O passarinho amarelo.


E um passarinho amarelo,
o mais carinhoso dos passarinhos amarelos, pousou.
No instante em que ele pousou, a senhora sábia o afagou, e ele num instante respondeu ao afago, ficou seu amigo, e companheiro.
A senhora o mantinha por perto, mas nunca o deixava voar pra muito longe,

Então chegou o menino;
que também ganhou a confiança do passarinho,
o passarinho respondia aos chamados do menino, e vise-versa
de repente, o menino se tornou confidente do passarinho que sussurrava cantos lindos que o menino transformava em música.

Mas infelizmente, como tudo que é feito pra ser livre e caótico.
o passarinho um dia viu uma revoada de outros passarinhos amarelos, livres, iguais, bonitos e brilhantes como raios de sol cortando as nuvens.
sentiu uma vontade súbita de se juntar a eles, ajuda-los a brilhar, e a iluminar o céu.
Contrariando as expectativas dos humanos de manter aquele raio de sol "pessoal" por perto sempre, o passarinho dessa vez voou pra mais longe, e mais longe.

voou pra longe, com a certeza de que da memória dos humanos ele nunca iria sair, um raio de sol impresso nos filmes das memórias alegres.

O ciclo da vida se fecha e se abre de maneiras incógnitas, e aquele passarinho amarelo, que ofusca, te deixa cego por um momento, até você acostumar com ele, e aproveitar o que ele tem de bom pra te oferecer, vai embora.

Infelizmente, muitas vezes, o passarinho amarelo voa antes dos nossos olhares se acostumarem com o seu brilho

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