terça-feira, 28 de agosto de 2012

O passarinho amarelo.


E um passarinho amarelo,
o mais carinhoso dos passarinhos amarelos, pousou.
No instante em que ele pousou, a senhora sábia o afagou, e ele num instante respondeu ao afago, ficou seu amigo, e companheiro.
A senhora o mantinha por perto, mas nunca o deixava voar pra muito longe,

Então chegou o menino;
que também ganhou a confiança do passarinho,
o passarinho respondia aos chamados do menino, e vise-versa
de repente, o menino se tornou confidente do passarinho que sussurrava cantos lindos que o menino transformava em música.

Mas infelizmente, como tudo que é feito pra ser livre e caótico.
o passarinho um dia viu uma revoada de outros passarinhos amarelos, livres, iguais, bonitos e brilhantes como raios de sol cortando as nuvens.
sentiu uma vontade súbita de se juntar a eles, ajuda-los a brilhar, e a iluminar o céu.
Contrariando as expectativas dos humanos de manter aquele raio de sol "pessoal" por perto sempre, o passarinho dessa vez voou pra mais longe, e mais longe.

voou pra longe, com a certeza de que da memória dos humanos ele nunca iria sair, um raio de sol impresso nos filmes das memórias alegres.

O ciclo da vida se fecha e se abre de maneiras incógnitas, e aquele passarinho amarelo, que ofusca, te deixa cego por um momento, até você acostumar com ele, e aproveitar o que ele tem de bom pra te oferecer, vai embora.

Infelizmente, muitas vezes, o passarinho amarelo voa antes dos nossos olhares se acostumarem com o seu brilho

sábado, 25 de agosto de 2012

Hoje eu acordei assustado,

Meu coração estava me dizendo tudo muito rápido, eu não consegui acompanhar seu raciocínio. Sim! ele raciocina, talvez seja isso que me torne tão vazio. Parei tudo que estava fazendo, tinha que dedicar atenção especial pro que ele estava me dizendo, e ele disse tanta coisa baixinho, que eu não consegui ouvir nada além de palavras-chave.
Minha cabeça não estava de acordo, ela estava me dizendo o contrario, o abstrato, o inimaginável. Nunca antes sentira isso, nunca antes eu tive tantos sentimentos confusos e indecisos vindos dos dois lugares ao mesmo tempo, cabeça e coração.
E meu corpo já estava pedindo arrego!, sentia fome mas não conseguia comer, sentia frio mas nada conseguia me aquecer, ouvia tudo ao redor como se fossem barulhos ocos e sem sentido, torpor!.

Frio! ... que frio é esse? que entra nos meus sapatos, passa pelas minhas meias grossas de algodão, e se instala entre meus dedos e ossos, cortando minha pele sem me fazer sangrar, sem me fazer chorar.

Mudanças, Reflexões, Anseios, Anseios e Anseios.