quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Alma




Eu vejo você
Eu te vejo, de um jeito especial. Ninguém mais parece ver-te desse jeito, por incrível que pareça todas as pessoas estão cegas ao meu redor, no que diz respeito à alma.
Vejo-te como igual, vejo por dentro de você, sinto tua alma e seus pensamentos, puros e límpidos como as águas virgens de um riacho intocado. Como as plantas ingênuas que crescem nas florestas, ou como os animais em equilíbrio nessa terra.
Vejo-te assim, de um modo caloroso, de um ponto de vista excelente você é tudo o que deveria ser, porém não vê isso. A cegueira é contagiosa no lugar onde vivemos. E por isso você começa a cegar-se diante do seu espelho, transformando-se cada dia mais, no que abomina.
Passo a ver-te não como igual, entretanto tento resgatar desesperadamente sua visão e auto-critica para que possamos juntos voltar a crescer em sintonia, sintonia que só dois seres completamente puros e conscientes conseguem ter.
Assim que retomas sua antiga forma, penso em proteger-te das inúmeras influencias que possam vir a acontecer, contudo, o melhor jeito de aprender é ver-se errado. E deixo-te influenciar de novo para que possa retomar novamente a sua antiga forma.
Vejo-te embaçado quando olhas com raiva para mim, se tens raiva de si mesmo então não a cure me tratando mal.
Vejo-te distorcido quando sentes desprezo de mim.
Choro, quando se machuca e tu choras, quando me machuco.
Vejo-te apenas como és, quando me vê apenas como sou.
Sou o espelho divino da alma. Eu e você somos um, corpo e alma.
Eu vejo você!

Nenhum comentário:

Postar um comentário